quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Nosso lugar não é aqui

Ande nas ruas e veja se é justo,olhe para o mundo e verá que é um insultoVelhos e crianças sem esperança, gente de bem que não alcança osonho de ter uma casa um lugar para morarMães que perderam seus filhos ainda moços, mas se lembram dos rostos, que deixaram de sorrir por cauda das drogasSempre surgem novas, comprimidos ou crack destroem milagres da natureza de Deus,Assaltos que levam, enfartes olhe para o mundo e duvido que seus olhos não embacem,Gente que se afoga em magoas seria bom se desse pra resolver com lagrimasMas lágrimas não fazem contas serem pagas,Quantas pragas teremos que enfrentar,Ande pelas ruas e veja a sujeira aumentarPerceba como fomos deixados à margem, à beira miséria choradeira o sistema te odeia
Brancos e pretos,pobres e ricos,homens e mulheres,ocidentais e orientaisloucos e deficientesalcoolatras e drogados
Todos vivendo juntos na babilôniacanção podre aquela que torna a grande cidade das luzes cheia de luxuria e infâmiacaminhe nas ruas da babilônia e sinta o peso nos ombros, quilombos, senzalas,Campos de concentração, bombas nucleares, governos tiranos com poder de devastação,crianças mutiladas no Afeganistão,crack sendo vendido em são Paulo nas esquinas de são João,por aqui até loção francesa cheira podre,gente que tentou fazer parte da sociedade e não pode,agora enxergam seus sonhos ao longe e o tempo vai passando cabelos brancos,sepultura simples, pra quem teve vida durahospitais cheios de gente baleada, todos os dias morre gente afacada,seqüestros que terminam em desgraça,eu tento mas não consigonunca vou me acostumar com isso.

Não vou ficar louco, vou resistir não vou morrer aos poucosnem de uma só vezcontrolo o meu instinto pra não ir morar no xadrezGosto de ver estrelas pois são um pouco que nos resta de umahistoria bela e é difícil ver estrelas de dentro de celasé duro e doloroso andar pelas ruas olhar bêbados e prostitutas nuasAidéticos, mendigos revirando lixo, crianças se humilhando em sinais trocadospaisagem sinistra e macabra que entristeceeu grito socorro mas ninguém aparecequero andar em ruas limpasQuero ver crianças saudáveis,ver negros e brancos em casas confortáveisnunca mais quero ouvir sequer um tiroquero uma pátria nova que me dê abrigoprecisamos de uma nova terra um lugar pra onde irnão se acostume com isso pois o seu lugar não é aqui.
O sangue do meu Deus escorreu na cruzO sangue do meu Deus mudou destinosO sangue do meu Deus limpou feriadosO sangue do meu Deus salva almas e vidasAcredito que o sangue de Jesus me fortificaAcredito que vou herdar a terra prometidaAcredito que vou ter paz por lá, nosso lugar não é aquiO leão voltará por você e por mim.
'Pregador Luo'

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